Elisabeth Teixeira matou-me três ou quatro vezes durante a noite.
As luzes baixam e na escuridão da sala podia-se a ouvir uma música infantil: quase só timbres metálicos que enchem a sala com a vulnerabilidade dos nossos tempos de criança - entram as manequins.
O contraste é evidente: looks preto total, casacos a lembrar o desportivo, botas militares, acessórios de cabedal - pouco tinham que ver com a música que se ouvia na Sala A do Edifício da Alfândega do Porto.
Não sei ao certo quando é que a música mudou para um registo mais electrónico e acelerado, mas acompanhando esta evolução - num crescimento proporcionalmente inverso - os visuais suavizaram-se e a sala encheu-se de silhuetas übber femininas e preppy absolutamente deliciosas.
A colecção de Elisabeth Teixeira é um trabalho delicioso de diferenças complementares: o vulnerável com o duro, o rosa com o preto, o suave com o denso, o antiquado com o contemporâneo. 
Os acessórios eram de nos fazer levantar da cadeira para os vislumbrar só uma última vez.
E eu, que dou por mim a assitir aos desfiles com um ar analítico e sisudo, surpreendi-me a sorrir ao ver Elisabeth Teixeira (ela mesma, adorável) a sair na passerelle.
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1 comentário:
Adorei!
Kisses from
http://visionofadreamer.blogspot.com/
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